sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um retrato do Brasil dos nossos dias


Um pouco de história do Brasil e Eike Batista.


No auge da sua valorização, as empresas do grupo X, de Eike Batista, valiam 101 bilhões de reais. Hoje, valem R$ 14,7 bilhões. Que conglomerado empresarial no mundo resiste a uma perda de valor de quase 85% em três anos?
Nesse período, quase R$ 90 bilhões viraram pó, fumaça, cinza, pó, vento. Ainda assim, continua inflacionado artificialmente o valor real da corporação daquele que, no ápice desse crescimento, era o homem mais rico do Brasil e oitavo bilionário do mundo, com pretensões a ser o primeiro em mais dois anos.
É espantoso como esse “caso” não atrai o interesse em profundidade que merece, permanecendo na superficialidade do dito show-biz. É um retrato do Brasil dos nossos dias. Eike é o maior– mas não o único – dos aventureiros de mercado. Cheios de inteligência e argúcia, impetuosidade e falta de escrúpulos, voracidade sem qualquer freio ético ou moral, informações privilegiadas e elos secretos com quem pode produzi-las.
Por seus próprios meios, esses barões não teriam ido tão longe se, no início da sua caminhada, não tivessem participado, em posição vantajosa, do programa de desestatização. A venda de ativos do governo à distância de um efetivo controle da sociedade foi uma realização nociva do governo Fernando Henrique Cardoso.
FHC a herdou da administração Collor, que apenas abriu o caminho, com a desenvoltura que então poucos puderam perceber. Sob o tucanato, a venda do patrimônio público foi ampliada, multiplicada e levada ao extremo da irresponsabilidade, conforme admitido por um dos seus protagonistas.
O efeito multiplicador exponencial, porém, funcionaria a partir de 2003, com Lula e seus agentes aloprados (mas tão vivos, inteligentes e inescrupulosos quanto seus parceiros de negócios do outro lado do balcão estatal). Todas as amarras do controle externo foram liberadas graças aos programas de transferência de renda e de inclusão social.
Esses programas foram iniciados sob o império de FHC, mas mantidos em nível discreto pela idiossincrasia tucana pelo povo, cujo cheiro não recomendava a essas aves de bela plumagem maior aproximação.
Lula é povo e seus cônsules petistas dispunham (e ainda dispõem, já que permanecem com Dilma no poder) de ferramentas para seduzir, convencer e amortecer a grande clientela nacional. Um tanto de programas com um naco de recursos foi o bastante para engordar paquidermicamente a classe médiamade by PT, desde que seus integrantes se acomodem na faixa de rendimentos de até dois salários mínimos. Nada além de 700 dólares, o que, nos Estados Unidos e outros países de renda próxima, jamais poderia ser traduzido por classe média.
Para os ricos, as tetas cada vez mais gordas e úberes do Banco Nacional do Desenvolvimento e Social. Nunca, na sua história, parafraseando Lula, agora com plena propriedade, o banco fez tantos milionários e bilionários. Não é a toa que seu ativo supera o do Banco Mundial, algo simplesmente inimaginável pouco tempo atrás.
Como a receita própria do BNDES e suas fontes de recursos tradicionais não lhe permitem dar conta de tanta demanda, o tesouro nacional afrouxou os controles e sangrou as burras do erário para fomentar o incremento desejado.
A contabilidade foi devidamente maquilada para esconder as manobras com os números, embora, como seria de se esperar, não escaparam ao olhar clínico dos auditores (que provocaram a elevação do custo do dinheiro que o BNDES for buscar no mercado internacional).
Nem Juscelino Kubitscheck, em seus arroubos de meio século de desenvolvimento em cinco anos de mandato como presidente da república, nem Roberto Campos, o ideólogo do modelo anterior, de pronto-socorro estatal para famintos ESC (Empresários Sem-Capital), sequer sonharam com tanto nos seus maiores momentos de delírio.
Dos R$ 14,7 bilhões que subsistem como matéria sonante no capital das empresas de Eike Batista, R$ 10 bilhões são do BNDES, com a participação coadjuvante da Caixa com 10% desse valor. O quadro é alarmante. Num país sério, dotado de Banco Central para valer, teria resultado em liquidação extrajudicial ou, fora do âmbito jurisdicional específico, seria um caso de polícia, como reage o banco de fomento?
O BNDES, que parecia menos preocupado com o destino do dinheiro que jogou nas letras do bilionário virtual do que em continuar a pintar o cenário de cor de rosa das multinacionais brasileiras, não conseguiu mais manter as aparências.
O Estado de S. Paulo, na sua edição do dia 22 do mês passado, anunciou que o BNDES decidiu abandonar a política de criação das tais multinacionais brasileiras. O presidente do banco, Luciano Coutinho, admitiu, em entrevista exclusiva ao jornal, que o número de setores com potencial de desenvolver líderes globais é “limitado” e que essa agenda foi concluída. Insistiu em que essa política tinha “méritos” e chegou “até onde podia ir”, porque o número de setores em que o Brasil tem potencial para projetar empresas líderes é “limitado”.
Os segmentos com maior potencial eram a petroquímica, celulose, frigoríficos, siderurgia, suco de laranja e cimento. “Não enxergo outros com o mesmo potencial”, frisou.
O favorecimento a empresas dessas áreas (as “campeãs nacionais”, na classificação da imprensa) começou há seis anos, no governo Lula, quando Coutinho já ocupava o cargo de presidente do BNDES. Com empréstimos em condições generosas e compras de participação, o banco injetou quase R$ 18 bilhões nos frigoríficos JBS e Marfrig, na Lácteos Brasil, na Oi e na Fibria.
Ao fazer um levantamento, o jornal constatou que algumas dessas empresas estão em situação financeira delicada, como a Lácteos que pediu recuperação judicial, e o Marfrig. Elas serão reanimadas no pronto socorro estatal ou baixarão à sepultura em breve, se tiverem que passar a caminhar com as próprias pernas?
De olho no próprio bolso, o contribuinte brasileiro devia prestar mais atenção a essa novela. É muito mais apimentada do que as da televisão. Com um acréscimo próprio: o da interatividade negativa para o tesouro nacional.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/cartas-amazonia/dinheiro-coletivo-e-fortuna-individual-131513450.html

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A Frase Perfeita.

A FRASE TÃO FALADA DO CHICO XAVIER,
VEM DE UM CONTEXTO QUE DEVE SER LIDO...

"Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades... nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não reclame, nem se faça de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
EMBORA NINGUÉM POSSA VOLTAR ATRÁS E FAZER UM NOVO COMEÇO, QUALQUER UM PODE COMEÇAR AGORA E FAZER UM NOVO FIM."

(Chico Xavier)